Cultura Avieira

Para corresponder ao desafio da iniciativa “Jovens Repórteres para o Ambiente”, os alunos do curso técnico de Comunicação/Marketing, Relações Públicas e Publicidade propõem-se apresentar dados relativos à partilha da preocupação quanto ao perigo eminente das consequências das alterações climáticas nas zonas ribeirinhas portuguesas, em particular na cultura avieira, enraizada na realidade ribatejana.
Nos últimos meses, desde que iniciámos o projeto, que nos deparámos, pela primeira vez, com esta cultura rica como objeto de estudo, em Salvaterra de Magos, nesta aldeia que nos propusemos observar, a aldeia do Escaroupim.
Com este projeto pretende-se mover uma ação que acreditamos vir a tornar-se bastante reconhecida e que poderá vir a aspirar novas e diversas ideias que tendem a enaltecer não só a cultura avieira, mas também fazer renascer outros patrimónios naturais que ainda não são valorizados como seria conveniente e que abrangem um interesse público inexplorado.
Tendo em conta o principal objeto de estudo, tentámos fazer uma divulgação nacional alertando os portugueses para esta realidade, usufruindo de duas componentes técnicas do curso, a Comunicação Gráfica e Audiovisual complementando com a capacidade comunicacional, foi possível concretizar a realização de uma vídeo reportagem que apela à preservação da herança natural das zonas ribeirinhas, tão importantes para a realidade portuguesa.
O Vale do Tejo é bastante húmido e embora tenha altas temperaturas no Verão permite o cultivo de milho e trigo. As condições climáticas e os regimes pluviométricos que se verificam em Portugal, proporcionados pelos núcleos de baixa pressão, que se formam no Oceano Atlântico, associados a sucessivas frentes húmidas que percorrem o país para Leste, provocam períodos alongados de intensas precipitações em vastas áreas de Portugal.
A informação e a documentação histórica existente, bem como a análise dos registos disponíveis, permitiram tomar consciência da importância das “Grandes Cheias do Rio Tejo” para a população desta região. Aliás, é frequente a divulgação nos meios de comunicação social de pormenores dos distúrbios e dos prejuízos causados pelas cheias do rio Tejo.
Para a concretização deste projeto foi efetivado um cruzeiro no Tejo com os 30 alunos que constituem a turma do 10º ano do curso profissional de técnico de Comunicação-Marketing, Relações Públicas e Publicidade, do qual resultaram as filmagens do vídeo submetido a concurso, bem como ações de sensibilização para toda a comunidade escolar e local.

Inês Abreu, Daniela Vale, Iara Santos, Cátia Santos, Beatriz Abalada