Coruja-do-mato

Observar, fotografar, identificar e estudar o casal de corujas residente no Jardim da Escola.

Observámos, fotografámos, identificámos e estudámos o casal de corujas residente no Jardim da Escola. Com o aprendido realizámos o seguinte vídeo:

 

Descritivo do vídeo

Coruja-do-mato descansando sobre o ramo de um plátano de grande porte. Coloração: Castanho-arruivado ou castanho-acinzentado e de plumagem malhada com listras e manchas escuras. Os olhos e as garras são escuros e o bico amarelado. As corujas de morfologia cinza têm maior sucesso reprodutivo, melhor resistência imunológica e menos parasitas. Contudo, as corujas ao seleccionarem o seu parceiro não mostram preferência pela plumagem cinza face à castanha. Estatura: Dimensão média, asas curtas, largas e arredondadas – características que as distinguem do bufo-pequeno e da coruja-do-nabal que têm asas mais compridas e estreitas. Dimorfismo sexual: A fêmea é maior e mais pesada do que o macho. Área de distribuição: Centro e Sul da Ásia, Europa e Norte de África. Dieta: A partir de um poiso, utilizando a audição apurada (10 vezes superior à humana) e a visão, voa silenciosamente para capturar, no solo, roedores, aves, anfíbios, répteis, anelídeos e insetos que engole inteiros, regurgitando, posteriormente, partes das suas presas, como o pelo e ossos. Caça à noite; raramente durante o dia, apenas quando tem as crias para alimentar. Habitat: Prefere as florestas e os bosques caducifólios ou mistos. Ocorre também em povoamentos de coníferas, áreas agrícolas, jardins e parques urbanos. É sedentária, não migra, e acentuadamente territorial. Vocalizações: O seu canto é composto por duas notas, uma simples (huu) seguida de uma pausa e de uma outra nota em trémulo (huu – huu – huu), e é emitido durante todo o ano, embora seja menos frequente no verão, e mais frequente durante a incubação e pós-procriação. Reprodução: São frequentemente monógamas, os casais mantêm-se juntos durante toda a vida, o casal descansa durante o dia num galho junto do tronco da árvore, e, em geral, de julho a outubro empoleira-se separadamente; nidifica em árvores idosas, de folha caduca, com cavidades, nas quais faz o ninho. Durante o período reprodutivo podem atacar os intrusos, especialmente quando as crias saem do ninho e ainda não dominam o voo. A postura, de fevereiro a junho, é de 2 a 5 ovos brancos e arredondados. A fêmea incuba os ovos durante 30 dias, sendo alimentada pelo macho. Após um mês da eclosão, as crias abandonam o ninho, escondendo-se nos galhos próximos, embora continuem a ser alimentadas pelos progenitores até aos 3 meses. Os juvenis atingem a maturidade sexual ao perfazerem um ano de idade, e, de agosto a novembro, procuram um novo território: o seu. Ameaças: Caça ilegal, queda das crias/juvenis dos ninhos, atropelamentos de juvenis, colisões com comboios e linhas de transporte de energia eléctrica. É presa da coruja-águia e do açor-do- norte. Nos últimos 70 anos, em paralelo com o aumento global da temperatura em 1 °C, triplicou a incidência de malária nas corujas desta espécie. Dados biométricos: Comprimento de 37 a 39 cm, envergadura de 94 a 104 cm; massa corporal de 325 a 800 g; 22 anos longevidade máxima na natureza; 27 anos de longevidade máxima em cativeiro. Estatuto de conservação: pouco preocupante.