Tirem-nos o amianto!

No dia 9 de outubro decorreu na Escola EB2,3 Ruy Belo (Queluz) um protesto contra a presença de amianto em diversos materiais de construção que integram os edifícios escolares. O protesto foi organizado em menos de 24h e as JRA organizaram-se online para não perderem a oportunidade de fazerem a cobertura deste evento tão significativo para a comunidade escolar. Assim, foi possível construir um pequeno questionário que foi aplicado logo pela manhã, bem antes de dar o toque das 8h. Os materiais recolhidos integram esta fotorreportagem e foram usados para produzir um póster e um artigo.

A escola é um local onde as pessoas se reúnem diariamente para aprender e ensinar. Todos contam com uma escola onde o ambiente é saudável e acolhedor. Mas, eis que surge a informação de que na escola Ruy Belo há edifícios que contêm amianto. Na construção civil, este material é usado nas telhas de fibrocimento (cerca de 85% do consumo mundial), revestimentos e coberturas de edifícios, gessos e estuques, revestimentos à prova de fogo, isolamentos térmicos e acústicos e revestimentos de tetos.

O problema do amianto está na inalação das fibras libertadas para a atmosfera. As partículas do amianto, uma vez inaladas, nunca mais se libertam do organismo, e estas fibras provocam várias doenças, que podem aparecer décadas depois de o indivíduo ter inalado as fibras de amianto. A libertação destas fibras para o ar apenas ocorre quando os materiais que as contêm estão sujeitas a más condições de conservação.

Porque não querem correr o risco de ficar doentes, os alunos, as famílias, os assistentes operacionais e os professores uniram-se à porta da sua escola para pedir: Tirem-nos o amianto!

Cobertura da manifestação contra o uso de amiantoamianto

Manifestação outubro 2019

 

Aida Silva, Bárbara Pereira, Beatriz Costa, Inês Vilela, Lara Chamusca, Maria Luísa Santos