Jardins verticais: Uma resposta à urgência climática

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a subida da temperatura em áreas urbanas está duas vezes acima da taxa média mundial devido aos efeitos das ilhas de calor. Frente a estes dados, no guia de mudanças climáticas lançado na COP 26 , há orientações detalhadas para ajudar cidades a enfrentar o aquecimento global. Como resposta a esta urgência climática surge a ideia de jardins verticais, ou seja, jardins nas paredes de edificações, com uma grande capacidade amenizar os efeitos do aumento da temperatura nas ilhas de calor que as cidades se tornam em altura de canículas.

O Programa das Nações Unidas para o Ambiente declarou que muitas cidades podem aquecer até 4 °C se as emissões de gases de efeito estufa continuarem em altos níveis, sendo assim proposto para o  planeamento das cidades a criação de áreas verdes para conseguir  controlar calor residual, que criam as chamadas “ilhas de calor”. Os jardins verticais ou paredes verdes aparentam ser para Ana Rodrigues, membro da direção da Associação Nacional de Coberturas Verdes, uma solução para esta urgência climática de “importância inquestionável” devido aos “inúmeros benefícios e serviços de ecossistema que proporcionam” como o  isolamento térmico, a redução da poluição atmosférica e a regulação do clima a partir da absorção do calor, que melhoram diretamente os microclimas urbanos.

Além disso, estes espaços verdes têm o papel fundamental de encontrar um ponto de equilíbrio sustentável para o Humano e a Natureza, tornando uma zona cinzenta com pouco espaço para biodiversidade, numa zona verde com novos ecossistemas de fauna e insetos, que proporciona um melhor bem-estar no meio urbano.

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Luis Martins