Um passeio pela praia fluvial de Merelim e ciclovia do Cávado

No parque de merendas encontramos logo à chegada, um apelo para que não se abandone lixo. No entanto verifica-se que em todo o espaço e na praia, só existem dois caixotes de lixo indiferenciado e não há pequenos ecopontos para a separação de resíduos. Há apenas, no estacionamento, um grande ecoponto. Reparei que havia lixo espalhado em cima das mesas e no chão.

No parque de merendas encontramos logo à chegada, um apelo para que não se abandone lixo. No entanto verifica-se que em todo o espaço e na praia, só existem dois caixotes de lixo indiferenciado e não há pequenos ecopontos para a separação de resíduos. Há apenas, no estacionamento, um grande ecoponto. Reparei que havia lixo espalhado em cima das mesas e no chão.

A ciclovia do Cávado situa-se ao longo da margem esquerda do rio a partir da praia de Merelim para oeste, tendo uma extenção de quase dois quilómetros. A margem natural do rio apresenta vegetação de porte arbóreo, arbustivo e herbáceo.

As pessoas podem circular em duas vias de terra destinadas exclusivamente a veículos não motorizados e peões. Ao longo do percurso contam-se apenas quatro caixotes de lixo indiferenciado e no chão, algum lixo descartado!

Na margem do rio podemos observar várias espécies de árvores. Destacam-se belos carvalhos, sobreiros, amieiros e choupos-brancos que representam espécies autóctones. No entanto, também se encontram espécies exóticas, como mimosas, que ainda não estão em floração. É de salientar que algumas têm já um grande porte mostrando que não tem havido ações de controlo da presença desta espécie. Junto à ciclovia, podem observar-se eucaliptos que, sendo uma espécie exótica e também invasora, juntamente com as mimosas, ameaçam a sobrevivência das espécies nativas. Ao longo deste caminho, outras espécies podem ser observadas – heras sobre carvalhos, sobreiros e até, eucaliptos; troncos de árvores cobertos de líquenes denunciando a boa qualidade do ar; urzes, urtigas, giestas, fetos, quelidónias de tinta amarela, entre muitas outras.

No final da ciclovia, já em Ruães, na freguesia de Mire de Tibães, observa-se uma zona de lazer onde várias famílias e grupos fazem piqueniques nas mesas de pedra disponíveis ou na relva. Aqui, pode observar-se muita biodiversidade nomeadamente vegetação ripícola, como o junco, e avifauna selvagem como o pato-real e o corvo-marinho, que se pode observar, sobre uma estrutura na água a secar-se ao Sol e ainda, a sobrevoar, outras aves de rapina que não foi possível identificar.

Neste espaço verde, não se avistam caixotes de lixo indiferenciado disponíveis, apenas se observa um contentor no parque de estacionamento. Não há qualquer ecoponto nesta zona. Na margem e na água encontram-se facilmente provas da falta de civismo e de consciência ambiental de quem frequenta este lugar, como caixas de piza, latas de refrigerante, garrafas de cerveja, embalagens de plástico como, garrafas, copos e sacos e até, restos de pavimento.

Este percurso muito agradável deve ser preservado por toda a população que o frequenta, precisando também, de maior atenção das entidades responsáveis pela sua manutenção, nomeadamente as Juntas de Freguesia de Merelim (S. Paio) e Mire de Tibães e da Câmara Municipal de Braga. Os resíduos que são facilmente transportáveis pela água podem alcançar o mar e contribuir para a poluição dos oceanos, o que é um problema muito grave. Na minha opinião, devem ser colocados ecopontos e mais caixotes para o lixo indiferenciado nos parques de merendas e na praia fluvial de Merelim; na zona verde, em Ruães, é conveniente também, que ao lado do contentor de lixo, seja  colocado um ecoponto para a recolha seletiva de resíduos e a colocação de painéis de sensibilização das pessoas para que mantenham a zona limpa. Por fim, seria muito bom que se fizesse uma ação de controlo das espécies invasoras sobretudo das mimosas e se colocasse mais vegetação ripícola que ajudaria a estabilizar a margem do rio e forneceria alimento e abrigo à fauna selvagem.