Um novo projeto, o mesmo objetivo: combater a vespa asiática

O Município de Braga, em colaboração com a CIM Cávado, lançou um projeto para prevenir e controlar a disseminação da vespa asiática, uma espécie invasora que representa um perigo para a saúde humana e a biodiversidade. Cerca de 180 armadilhas seletivas foram distribuídas por todo o território municipal, envolvendo apicultores, Eco-Escolas e juntas de freguesia. O objetivo é capturar e eliminar as vespas asiáticas fundadoras, que são predadoras de abelhas e outros insetos polinizadores, causando um desequilíbrio nos ecossistemas e prejuízos económicos na produção de mel e na polinização de culturas. A iniciativa é um exemplo de colaboração entre a comunidade escolar e as entidades locais para proteger o meio ambiente e a saúde pública.

O Município de Braga, em colaboração com a CIM Cávado, lançou um projeto para prevenir e controlar a disseminação da vespa asiática, uma espécie invasora originária da Ásia, com impacto negativo nos ecossistemas e que pode representar um perigo para a saúde humana. Através de uma candidatura da CIM Cávado ao POSEUR, cerca de 180 armadilhas seletivas com atrativo de isco foram distribuídas pelos apicultores do concelho, pelas Eco-Escolas e pelas juntas de freguesia, e colocadas em locais estratégicos previamente definidos pela Proteção Civil.

O projeto pretende implementar uma estratégia comum de prevenção e controlo desta espécie invasora através da distribuição do maior número de armadilhas por todo o território municipal. As armadilhas foram também entregues às Eco-Escolas que as requisitaram, com o intuito de envolver também a comunidade escolar no projeto. Os alunos do eco-escola são responsáveis pela monitorização das armadilhas e pelo registo das vespas asiáticas fundadoras que são capturadas e mortas, e o coordenador do projeto em cada escola enviará os dados no final do processo de monitorização.

Monitorização das armadilhas por alunos do André Soares

A vespa asiática é predadora de abelhas e de outros insetos polinizadores, o que pode causar um desequilíbrio nos ecossistemas e afetar a biodiversidade. Além disso, a vespa asiática tem a capacidade de destruir colmeias de abelhas, causando prejuízos significativos na produção de mel e na polinização de culturas. Por isso, a distribuição de armadilhas seletivas é uma medida importante para capturar e eliminar as vespas asiáticas fundadoras, contribuindo para reduzir a disseminação da espécie e proteger a biodiversidade.

Durante a ação, foram distribuídas armadilhas para capturar e matar as vespas asiáticas fundadoras, estas foram colocadas em árvores e serão monitorizadas para a recolha de dados sobre a sua eficiência. Cada fundadora forma um ninho nesta altura do ano, e cada ninho gera outras 400 fundadoras que se irão esconder na terra para sair no mês de março e fundar novas colónias no ano seguinte. Por isso, é fundamental detetar e eliminar as vespas fundadoras o mais cedo possível, antes que estabeleçam ninhos com milhares de vespas, representando um perigo para a população, especialmente para as pessoas alérgicas a picadas de insetos.

Com esta iniciativa, o Município de Braga pretende proteger a biodiversidade, minimizar os prejuízos económicos causados pela vespa asiática e melhorar a segurança da população. O projeto é um exemplo de como a comunidade escolar e as entidades locais podem trabalhar em conjunto para preservar o meio ambiente e a saúde pública, e poderá vir a ser implementado de maneiras semelhantes noutros locais.