Seminário Nacional Eco-Escolas 2018: um modelo de ambição e inovação

No passado dia 26 de janeiro, entrevistou-se José Archer, Presidente de ABAE, no âmbito do Seminário nacional Eco-Escolas 2018, realizado em Guimarães.

José Archer, Presidente da ABAE

Licenciado em Direito pela Universidade Católica de Lisboa, o entrevistado começou por enfatizar o convívio entre os participantes e a consequente “partilha de conhecimentos e experiências” como vantagens da realização de eventos como o Seminário Eco-Escolas, na medida em que as interações entre  professores permitem o mútuo contacto com realidades distintas. De facto, só ao “aprender com a prática”, é possível “melhorar” e evitar erros que tenham sido cometidos por outras instituições da rede. É, como tal, esperado que a convicção e determinação, adquiridas no decorrer da experiência, “se mantenham quando estes professores voltam para as escolas”.

Efetivamente, após eventos como o Seminário Eco-Escolas, os professores voltam para a sua região com “novas ideias, “melhores e mais adequadas ferramentas”, devido, principalmente à “diversidade de workshops e matérias” apresentados.

O elevado número de novos participantes no Seminário Eco-Escolas 2018 constitui um fator de destaque, atribuindo o sucesso do mesmo à crescente adesão de “professores que abraçam o programa e que o levam para outras escolas”, mesmo mudando de local de trabalho, o que contribui largamente para a disseminação da iniciativa. Realça igualmente o programa rico e diversificado envolvendo os painéis, decerto apelativo para professores.

Quando questionado relativamente à escolha da cidade de Guimarães enquanto anfitriã do Seminário nacional Eco-Escolas 2018, o entrevistado alude ao “processo de renovação extraordinário da cidade”, para o qual contribuiu a candidatura a Cidade Verde Europeia 2020. Além disso, não deixa de realçar a atrativa oportunidade dos participantes conhecerem a cidade.

Por outro lado, no que diz respeito à receção do projeto “Rotas da Floresta” por parte dos municípios, nível nacional, o Presidente da ABAE acentua o “feedback positivo” que se tem sentido da parte das escolas e comunidades, constituindo esta atividade uma forma eficaz e espontânea de envolver municípios e os munícipes, “sem ter todas as dificuldades da mensagem política” que está subjacente.

Por último, salientando o “modelo e metodologia adequadas” que têm sido adotados pela ABAE nestes eventos , José Archer refere a preocupação de apresentar, anualmente, “desafios mais ambiciosos”, prezando pela inovação permanente.

 

Maria Carreira