Reportagem sobre sustentabilidade

O trabalho foi realizado pelo jovem Gonçalo Anastácio do Centro Educativo dos Olivais de Coimbra, com a ajuda da Prof.ª Coordenadora de Projetos, Ana Vicente. O trabalho é consequência de trabalho reflexivo e de pesquisa do jovem. As imagens apresentadas dizem respeito às atividades e ações desenvolvidas na escola, as entrevistas foram realizadas com a pronta colaboração das intervenientes. A divulgação da reportagem foi feita através dos meios de informação/comunicação possíveis no Centro Educativo ou seja no Jornal de Parede e Jornal Digital: ”Jornal com Pinta”.

Ser Eco-Escola é …

 

… melhorar os nossos hábitos de consumo!

… recolher e separar resíduos para a reciclagem!

… colocar redutores de caudal nas torneiras!

… recolher tampinhas de plástico para a campanha da cadeira de rodas!

… recolher cápsulas de café usadas!

… aquecer as águas através da energia solar!… aproveitar as águas da chuva!

… fazer compostagem!

…colocar placas de alerta para desligar as luzes quando não são necessárias!

reportagem

Estas são algumas ideias criadas pelos alunos desta escola quando questionados sobre o que é ser uma Eco-Escola. As suas respostas refletem as suas preocupações com o ambiente e todas as ações desenvolvidas em meio escolar em prol da sustentabilidade ambiental.

O programa Eco-Escolas está implementado no Centro Educativo dos Olivais, desde o ano letivo 2010/2011, estando toda a Comunidade Educativa ativamente envolvida nas atividades que vão sendo implementadas.

As nossas ações têm abrangido vários temas, tais como: Água, Energia, Resíduos, Biodiversidade, Agricultura Biológica e Manutenção e Embelezamento de Espaços Exteriores.O CEO tem obtido o título de Eco-Escolas, em reconhecimento do trabalho desenvolvido em benefício do ambiente.

Desta forma aderimos ao Projeto “Hortas Bio”, a concursos como o “Póster Eco-Código” e “cria uma fruta colhe os prémios”. Desenvolvemos também outros projetos em articulação como: “Literacia Financeira”, “Todos Contam”,  “Crescer mais Saudável” e Campanha de solidariedade “Papel por Alimentos”, etc.

 E porquê falar-se tanto em ambiente e em sustentabilidade? Fala-se de ambiente pois chegou-se à conclusão que a natureza e tudo o que ela nos dá tem sofrido alterações e não é inesgotável. Não podemos agir como temos feito pois arriscamo-nos a não termos futuro! Poluição, extinção de espécies, alterações climáticas, aquecimento global, era algo que não fazia parte das nossas preocupações quotidianas. A situação tornou-se mais séria a partir da revolução Industrial, até aí não se tomou o ambiente em consideração e de tal modo se agravou o problema que, nos dias de hoje, inevitavelmente, a humanidade tem que adaptar o seu comportamento para dar suporte ao chamado desenvolvimento sustentável.

O que significa, então, desenvolvimento sustentável?

É parar de poluir o ambiente, permitindo a renovação dos recursos naturais, contribuindo para melhorar o bem-estar de todos, no presente e no futuro. Caso isto não aconteça, estamos a assinar a nossa própria sentença de morte e, por isso, é fundamental sensibilizar e educar toda a comunidade sobre o que é e como tomarmos medidas para sermos equilibrados e conscientes em relação à exploração dos recursos, para sabermos admirar e valorizar tudo o que a natureza nos dá, de modo a preservá-la e a estimá-la o mais possível.

“Pensar globalmente, agir localmente”, a máxima da Agenda 21, também está presente na educação para o ambiente e o desenvolvimento, na nossa comunidade escolar.

Partindo deste ponto, temos criado diferentes programas de cariz ambiental em contexto escolar, como é o caso do programa Eco-Escolas. Com ele pretende-se alcançar uma educação participada e esclarecida onde educar é criar cidadãos conscientes e activos pelo ambiente.

 

Foi à procura de respostas sobre o que temos feito em defesa do ambiente e da sustentabilidade na nossa instituição que questionei algumas pessoas responsáveis que, direta ou indiretamente, estejam envolvidas com as questões pedagógicas e particularmente com a educação ambiental.

As atividades e campanhas de sensibilização ambiental realizadas na escola tiveram influência nas suas ações quotidianas?A primeira pessoa inquirida foi a Drª Ângela Portugal, Diretora do CEO que prontamente respondeu às questões colocadas.

Tiveram sim. Quer aqui, no desempenho da atividade profissional, quer em casa, lembro-me com mais frequência das pequenas ações e atitudes que devo ter para preservar e cuidar do ambiente, tentando contribuir assim, para um planeta mais saudável para todos.

Considera o CEO uma Eco-Escola bem sucedida? Porquê?

Considero que os jovens que estão no CEO e todos os profissionais têm a obrigação de ter uma consciência ambientalista bem mais informada que outros, uma vez que têm sido imensas as ações de sensibilização, informação e propostas de alteração de conduta nesse sentido, para que este Centro possa ser considerado uma Eco-Escola de sucesso. Disso também tem sido prova a bandeira que temos recebido nestes últimos anos.

Que todos sintam a obrigação de ter condutas e atitudes de forma a contribuírem para não haver desperdícios como os alimentares, desperdício de energia: devem apagar sempre a luz quando saem dos espaços, não devem deixar os aparelhos em stand by, desperdício de água: devem fechar bem as torneiras e não deixar a água a correr quando lavam os dentes e tomam banho; evitar a poluição de todo o tipo, e que percebam que ao fazê-lo estão a preservar a qualidade do seu futuro.O que considera que falta fazer para sermos uma Eco-Escola ainda mais “amiga” do ambiente?

Estas mesmas questões foram colocadas à Coordenadora da Equipa Pedagógica, Drª Conceição Dixe, que sublinhou a importância das acções quotidianas “aprendidas” na escola: “ a Escola são as pessoas (jovens e funcionários) e parece-me que estas têm aderido bem às campanhas e desafios. Penso que as pessoas fazem na escola e transportam para o seu quotidiano os conhecimentos ambientais”. Referiu ainda que os constrangimentos que muitas vezes o Centro se depara prendem-se pelo facto de “estarmos agrupados à equipa e delegação” mas refere que estamos no bom caminho apenas “devemos tentar melhorar o que já temos”.

A minha prespetiva como aluno desta escola é que iniciativas como estas são importantes, falarmos e refletirmos sobre   cidadania ambiental nunca é demais. Sinto que ajudou a criar uma consciência ambiental mais proativa em todos os que nela participaram. É fulcral nos dias de hoje termos uma atitude ecológica, porque se não o fizermos estamos a pôr em causa a nossa qualidade de vida e o bem-estar, presentes e futuros.

 

Reportagem de:

 

 Gonçalo Anastácio

 

 

Centro Educativo dos Olivais, 15 de Junho de 2016