Reciclagem

O porque da ineficiência da reciclagem em Portugal. Reciclar já não é palavra estranha a ninguém, mas mesmo assim há quem não o faça. Há dez anos desculpavam-se com a ignorância de não saberem o que isso é, nem terem sido ensinados, mas numa era em que podemos obter maior parte da informação num simples clique as desculpas começam a ficar escassas, no entanto antes de falar do porquê de não se fazer, temos de saber o que realmente é.

Reciclar já não é palavra estranha a ninguém, mas mesmo assim há quem não o faça. Há dez anos desculpavam-se com a ignorância de não saberem o que isso é, nem terem sido ensinados, mas numa era em que podemos obter maior parte da informação num simples clique as desculpas começam a ficar escassas, no entanto antes de falar do porquê de não se fazer, temos de saber o que realmente é.

Reciclar é o ato de entregar voluntariamente lixo separado em cartão, embalagens e recipientes de vidro, entre outros…; esta prática é voluntaria e os responsáveis pelos ecopontos são as autarquias e os sistemas municipais, sendo a recolha e entrega feita pela sociedade ponto verde.

Apesar de 71% dos portugueses reciclarem, este número ainda está um pouco longe dos desejados 100%, logo a primeira questão que nos surge é “O Porquê?” e logo nos aparece a resposta, se passarmos por algumas freguesias mais isoladas nos diferentes Concelhos Municipais, notamos uma falta enorme de ecopontos, e onde existem, estão normalmente sobrelotados devido à escassez dos mesmos.

Em resposta a este tipo de afirmações já feitas por outros, Luís Veiga Martins, ex-diretor geral da sociedade ponto verde e atual consultor da mesma, responde da seguinte forma; “Não há um ecoponto perto de casa? Nunca ninguém se queixou do multibanco estar longe.”, contudo isto não se pode aplicar àqueles que nem na localidade onde vivem existe.

Desta forma aqueles que têm mobilidade reduzida, tais como idosos, estão impossibilitados de reciclar pela distância que têm aos ecopontos, optando por colocar todo o seu lixo no “contentor verde”.

Apesar de sete em cada dez lares reciclarem os medicamentos, os restantes são esquecidos e depositados ninguém sabe onde. Para combater este problema a Valormed, entidade sem fins lucrativos para a recolha de medicamentos, deu inicio a uma campanha de sensibilização no dia 29 de novembro de 2017 para que os cidadãos entreguem os medicamentos estragados ou já sem validade nas farmácias para que seja feita a recolha dos mesmos, onde são depois encaminhados para a triagem sendo depois encaminhadas para o tratamento.

Uma escolha defendida por vários ambientalistas é a troca de forma de recolha de lixo, ao invés de usarem os tradicionais ecopontos para a deposição sugere-se a troca pela recolha porta-a-porta. Esta medida já esta a ser posta em pratica em algumas zonas de Lisboa, zonas que apresentam valores muito maiores do que aqueles onde se usam ecopontos. Um português normal produz em média 459kg de resíduos, sendo que apenas 45kg destes resíduos foi realizada a separação, valores superados pela recolha porta-a-porta que apresentou a recolha de 65kg por ano, mais 20kg a serem reciclados face aos ecopontos.

Podemos então concluir que ainda há um grande caminho a percorrer marcado pela sensibilização à importância da reciclagem e do impacto que esta traz ao ambiente que nos rodeia e adoção de novas medidas de reciclagem.

Rodrigo Domingues