Plantas Autóctones – Experiência na Horta

As plantas autóctones estão adaptadas ao nosso clima, ao nosso solo e, por isso, requerem menos água, menos tratamento, porque são mais resistentes também às pragas e, portanto, implicam uma menor utilização de fitofarmacêuticos e de adubos. De facto, temos uma enorme variedade de plantas à nossa disposição, que podemos usar nos nossos jardins e hortas, desde os loureiros, aos medronheiros, passando por inúmeras ervas aromáticas. Assim, ao mesmo tempo que vamos fomentando a biodiversidade, usando as tais plantas que são específicas do nosso país podemos também utilizar as suas folhas e frutos.

A flora nativa de Portugal, também conhecida como autóctone, é composta por uma grande variedade de árvores e arbustos, bem como por muitas outras plantas. Entre as árvores mais frequentes podemos encontrar o carvalho, a azinheira, o sobreiro, o salgueiro e tantos outros. Há ainda arbustos típicos como a aroeira, o medronheiro, o rosmaninho ou o alecrim, entre outros. As plantas autóctones são as naturais do território em que se vive e  devem ser usadas nas plantações ou sementeiras, já que esta prática contribui de forma significativa para uma maior sustentabilidade.(

https://greensavers.sapo.pt/o-que-sao-plantas-autoctones-e-quais-as-vantagens-que-tem-na-biodiversidade/ e https://lizgarden.pt/in/plantas-portuguesas-plantas-autoctones-de-portugal/)

Tendo em conta os conhecimentos que tínhamos, nomeadamente, das vantagens do uso de plantas autóctones e do seu contributo para a sustentabilidade do planeta, colaboramos, com grande entusiasmo, nos trabalhos da horta biológica da escola, na aula de Cidadania e Desenvolvimento.

Esta experiência, foi, de acordo com o Gonçalo, uma atividade bastante divertida, que nos ensinou não só a trabalhar a terra com diferentes instrumentos, como também a cuidar das plantas e a aprender a conhecê-las melhor.

O Diogo também gostou imenso das aulas de Cidadania na horta, pois aprecia o contacto com a natureza. Ele adora pescar e sentiu que trabalhar com a terra foi uma atividade enriquecedora que complementou as experiências fantásticas que tem vivido no seio de ambientes naturais.

A Beatriz considera que esta experiência incentivou o cuidado com a natureza, ajudando a criar o sentido de responsabilidade. Além disso, ensinou-lhe que plantar requer paciência, trabalho, atenção, cooperação e resiliência. As plantas são seres vivos que precisam de atenção e carinho como cada um de nós.

Os três colegas foram unânimes nas suas afirmações sobre a importância da atividade no âmbito das mudanças de comportamentos e cultura nos mais diversos atores da escola: maior aproximação e respeito para com a natureza, alimentação mais saudável, diminuição do desperdício de alimentos e até um aumento na qualidade de vida das pessoas. Na horta respira-se um ar menos poluído, labora-se, tem de se estar atento e saber trabalhar em equipa.

Além disso, devido às peripécias passadas, nomeadamente, calças molhadas, roupas sujas, costas doridas, foi possível perceber que trabalhar a terra não é fácil, é um trabalho duro e árduo, que tem de ser constantemente realizado, independentemente das situações climatéricas de cada dia.

Beatriz Fragoso , Diogo Costa , Gonçalo Faria