O Marketing no Jardim Zoológico de Lisboa

O Jardim Zoológico de Lisboa é uma instituição privada inaugurada em 1884 que se tem reinventado ao longo do tempo, moldando-se à atualidade. Uma das áreas que mais sofre adaptações é o Departamento de Marketing, responsável pela comunicação ao público, divulgação de iniciativas e contato com parceiros e empresas.

A sua mensagem principal é a da conservação das espécies, porque mais do que um espaço de lazer, este Jardim Zoológico tem como missão principal a preservação das espécies sem pôr em causa os hábitos naturais dos animais.

Inês Carvalho, responsável de Marketing e Comunicação no Jardim Zoológico destaca que os pontos que diferenciam esta instituição de outros espaços de lazer e entretenimento são as espécies que aqui se encontram e que não podem ser observadas em nenhum outro parque em Portugal. Conta com mais de 2000 animais de cerca de 200 espécies diferentes, proporcionando momentos únicos em família ao ar livre.

O público-alvo do Jardim Zoológico é muito variado, direcionando-se para pessoas de diferentes grupos etários e nacionalidades, anualmente recebe cerca de 60.000 pessoas. Atualmente, os meios de Marketing mais utilizados são as redes sociais e websites.

O Jardim Zoológico não consegue subsistir, unicamente, das verbas resultantes da bilheteira, por isso estabelece parcerias com diversas empresas, dinamizando atividades de tempos livres nas férias escolares e eventos sociais.  Conta ainda com um  um hotel para animais.

Para ir ao encontro das necessidades dos parceiros, existem no recinto, diversos espaços destinados à publicidade. Enquanto algumas empresas, apenas, patrocinam em troca de espaço publicitário, outras realizam apadrinhamento de animais, envolvendo-se no projeto  de conservação do Jardim Zoológico. Como refere Inês Carvalho, “Não queremos que seja atrativo para as empresas apenas pelo número de pessoas que nos visitam. Queremos que se envolvam na nossa missão e no nosso projeto de conservação.”

Durante o período pandémico, quando este espaço fechou pela primeira vez – em 135 anos, os patrocinadores, envolvidos nesta causa, não deixaram de apoiar. As redes sociais, acabaram por se tornar numa “bolha de oxigénio”, que permitiu a sobrevivência dos projetos de sensibilização ambiental, através de visitas guiadas online, que possibilitaram ao público o contacto indireto com este espaço. Como foi o caso de uma visita virtual realizada em parceria com o Programa Eco-Escolas que contou com mais de 300.000 visualizações.

Recentemente, a equipa de Comunicação foi confrontada com uma manifestação desencadeada por um partido político português, PAN, que defende que os animais não devem permanecer em cativeiro para “entretenimento humano” e “exploração económica”. Após estas intervenções, a equipa fica encarregue de explicar com evidências, e abrindo as portas aos jornalistas, revelando que todas as ações tomadas no parque têm em conta o bem-estar animal.

Alícia Dalot, Catarina Lobo, Filipe Correia