Incêndios florestais na Quinta da Cruz

Após os fatídicos acontecimentos do dia 15 de outubro de 2017, os fotojornalistas Nuno André Ferreira (Lusa) e Adriano Miranda (Público) organizaram uma exposição fotográfica na Quinta da Cruz. Um ano depois, pelas 21:00h, esta foi inaugurada “Dever de Memória / Da Infâmia à Esperança” que relata visualmente os incêndios ocorridos no distrito de Viseu, assim como as suas consequências devastadoras.

Entrada da exposição “Dever de Memória / Da Infâmia à Esperança”

Inaugurada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esta exposição com 70 fotografias e citações de jornalista, espelha a origem e repercussões dos incêndios florestais, que se iniciaram devido a ventos fortes causados pelo furacão Ophelia, em conjunto com as altas temperaturas e a seca extrema. É de notar que a hora de inauguração desta, coincide com o primeiro soar de alarmes registado em 2017, no distrito de Viseu. Como o responsável pelo espaço (Paulo Correia) afirmou: “Foi o pior incêndio registado em Portugal e na Europa em 2017 (…)” justificando assim a presença do governante português. Será possível efetuar visitas a esta exposição até ao final deste ano.

O espaço escolhido para a mostra é a Quinta da Cruz que, em 1870, passou para a família de Nicolau Pereira Mendonça Falcão, nela introduziu as espécies exóticas atualmente existentes (acácias, palmeiras e sequoias). A propriedade representa um espaço histórico importante onde a arte contemporânea se funde com a biodiversidade botânica.

Espaço exterior da Quinta da Cruz

Atualmente, encontram-se expostas obras de Rafael Gomes, João Loureiro e Sérgio Amaral. Este último foi afetado diretamente pelos incêndios na destruição do seu atelier. Para incentivar a reconstrução do seu espaço de trabalho a Câmara adquiriu algumas obras com a finalidade de as expor publicamente. As obras dos dois primeiros artistas inicialmente feitas para apresentação no Festival Jardins Efémeros encontram-se ainda na propriedade.

Este espaço incorpora ainda espaços destinados ao cultivo de hortas, por parte dos viseenses.

Grupo A2