ETAR Viseu Sul: Águas residuais quase potáveis

A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) Viseu Sul é a mais avançada da Península Ibérica e abriu portas em fevereiro de 2016, financiada pelos fundos comunitários do programa CREN-POVT. Através desta construção, foram desativadas 7 ETARs no concelho, uma vez que apresentavam problemas de eficiência. Esta infraestrutura abrange 90 mil viseenses, o que corresponde a 70% das águas de Viseu.

Situada acima da linha de água e abaixo do nível da cidade, a ETAR, devido a estas condições, recorre ao tratamento terciário, seguido de filtração por membranas. Desta forma, não dispõe de um sistema de bombeamento, optando pela força gravitacional. Conforme foi esclarecido por Cláudia Almeida, técnica de laboratório da ETAR Viseu Sul, a equipa é composta por 20 trabalhadores. A estação foi concebida para o tratamento de águas residuais de origem urbana/doméstica e industrial, após o tratamento legalmente exigido à indústria respetiva. A construção teve um custo total de 38 milhões de euros, dos quais 33 milhões foram comparticipados.

A infraestrutura é considerada como uma das grandes referências em termos de proteção da saúde pública e do ambiente. O processo da água inicia-se pela captação na ETA de Fagilde, na qual ocorre o tratamento e distribuição, sendo de seguida encaminhada até à rede pública.  De um modo geral são classificadas de acordo com o tipo de tratamento utilizado, podendo ser efetuado em 4 fases: tratamento preliminar, tratamento primário, tratamento biológico ou secundário e tratamento terciário.

Com destaque para a Filtração por Membranas de Ultrafiltração, foram instaladas na ETAR, membranas submersas de fibra oca e matéria orgânica, que possuem um diâmetro nominal de passagem de 0,04 micrómetros.

Grupo A3