Escola Secundária D. Dinis: no caminho para a sustentabilidade

A Escola Secundária D. Dinis integra o Agrupamento de Escolas com o mesmo nome e está situada na freguesia de Marvila, no concelho de Lisboa. Foi distinguida com a bandeira Eco-Escolas pela primeira vez em 2021, desenvolvendo projetos e atividades de carácter ambiental, que promovem a sustentabilidade da escola.

Esta escola foi criada em 1971 e tem atualmente 900 alunos e 200 professores

A Escola Secundária D. Dinis, desde sempre desenvolveu projetos que pretendiam envolver os alunos nas questões ambientais em articulação com as suas atividades escolares. No entanto, a formalização da inscrição no Programa Eco-Escolas aconteceu em 2020/21. O Eco-Escolas é um programa destinado às comunidas escolares que pretende encorajar a prática de ações no âmbito da educação ambiental, desenvolvendo diversos concursos e atividades destinadas a promover a consciencialização ambiental dos mais jovens. Este programa, além de Portugal, estende-se a setenta e três outros países, englobando mais de 2000 escolas e envolvendo centenas de milhares de alunos de todo o país na criação de um mundo melhor e mais sustentável.

O início do programa, ficou marcado pela pandemia e confinamento de toda a comunidade escolar, pelo que as atividades foram adaptadas e realizadas maioritariamente online. No regresso presencial à escola foram realizadas várias atividades, nomeadamente: uma limpeza realizada no recinto escolar, trabalhos sobre o ciclo da água, a biodiversidade no Pinhal de Leiria e a construção de cartazes ilustrativos.

A escola salienta que medidas como a construção de estacionamento para bicicletas, incentiva os alunos a optar por uma mobilidade mais sustentável, assim como a adoção e monitorização mensal das árvores do recinto escolar, estão a surtir efeito dentro das instalações. Nesta escola, os alunos mais motivados e participativos neste programa são os alunos do ensino básico, sendo que a participação de alunos mais velhos é menos notória, devido à falta de tempo para despender em projetos extracurriculares. Além disso, as professoras envolvidas no programa Eco-Escolas realçam o contraste das ações realizadas dentro e fora do estabelecimento escolar. Dentro das instalações, as medidas ensinadas são postas em prática, porém, fora do espaço escolar, as mesmas são desvalorizadas, “O processo falha lá fora por falta de consciência ambiental na população”, afirma Carla Duarte, coordenadora do programa.

O diretor da escola, António Sousa, refere a importância do Eco-Escolas, que após ter sido implementado na escola sede, rapidamente se alastrou para todas as outras escolas do agrupamento. Além disso, este revela que apesar da escola ter um papel importante, não pode ser a única responsável pela alteração de comportamentos e que este objetivo tem de envolver a colaboração de diversas entidades de forma a que a mensagem possa entrar em todos os seios familiares, “A escola é fundamental a nível da sensibilização da divulgação, mas da ação em si há outros espaços com muito mais capacidade de intervenção“, refere o diretor da escola. Para uma melhor perceção do conhecimento do Programa na escola, foi realizado um inquérito aleatório a 30 alunos da escola, com idades entre os 16 e 19 anos de idade. Este revelou um elevado grau de desconhecimento dos alunos relativamente aos temas ambientais, apesar do interesse por estas temáticas. Apenas 24% dos inquiridos apresentou conhecimento sobre o Programa Eco-Escolas, sendo que os restantes 76% afirmaram, nunca terem ouvido falar do mesmo.

Atualmente, com a bandeira Eco-Escolas hasteada, a comunidade escolar está empenhada e motivada na manutenção de boas práticas para ser cada vez mais sustentável, a nível ambiental.

Ana Correia , Francisca Ribeiro, Filipe Correia , Mariana Garanhão , Luís Martins