Em Braga, a ABAE reconheceu as freguesias mais sustentáveis

Evento GreenFest 2019 acolhe cerimónia de entrega das Bandeiras Verdes às Eco-Freguesias XXI do país. Economia circular encarada como desafio determinante para as freguesias mais sustentáveis. Por Paulo Cardoso

No dia 6 de junho, no Mosteiro de Tibães, na cidade de Braga, foram reconhecidas as freguesias ecológicas do nosso país. O Programa Eco-Freguesias XXI é promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) e esta iniciativa, de reconhecer as freguesias com maiores índices de sustentabilidade ambiental, surgiu quando a ideia foi premiada em 2009, pela Fundação Luso-Expresso, no prémio Ideias Verdes.

Fotografia: Rúben Antunes

A atribuição do Prémio Nacional Eco-Freguesias XXI visa “incentivar e reconhecer as freguesias que trabalham no sentido da sustentabilidade e desenvolvimento da sua comunidade com enfoque no desenvolvimento de ações em prol do ambiente, participação, cidadania e inclusão”, como indica o site oficial do Programa.

Durante a sessão de abertura, Fátima Vieira, diretora executiva da ABAE, agradeceu a presença dos presidentes de Junta de Freguesia e revelou que era com “grande gosto e felicidade que a ABAE reconhece as juntas mais sustentáveis”. Uma sessão que decorreu durante o evento do “GreenFest Braga” e que contou com a presença do seu criador, Pedro Norton de Matos.  A diretora executiva reconheceu ainda o trabalho da equipa do GreenFest e sublinhou que “é expressivo o empenho que as freguesias têm promovido em prol do ambiente”.

Pedro Norton de Matos, mentor do GreenFest, na sua intervenção disse que o “Eco-Freguesias XXI é um evento muito especial dentro do nosso”. Ao abordar a importância do ambiente no poder local, referiu que “este é um trabalho de proximidade com os cidadãos” e que é, cada vez mais, possível ter um “ecossistema” com um “desenvolvimento focado na proteção do ambiente e na proteção social”.

Antes de os resultados serem anunciados, Pedro Cegonho, Presidente do Conselho Diretivo da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) disse que a economia circular deve ser encarada como o “grande desafio destas Eco-Freguesias”. “Vamos dirigir este galardão para os cidadãos” pede o presidente da ANAFRE, ao mencionar que é essencial aumentar a percentagem de recolha seletiva dos resíduos, estreitar a parceria entre os autarcas e os jovens nas escolas, sensibilizar para a poupança de energia e rentabilizar os recursos que existem.

Fotografia: Rúben Antunes

Ao longo do ano 2018 foram praticados inúmeros projetos nestas freguesias. Margarida Gomes, Coordenadora do Programa Eco-Freguesias XXI, elogiou o “espírito de continuidade das Eco-Freguesias de 2016 e a boa adesão das novas freguesias”. “Os decisores políticos e autárquicos são fundamentais para que haja a mudança”, refere Margarida Gomes, ao apresentar os resultados do galardão e as boas práticas das freguesias.

A freguesia de Caldelas, no concelho de Guimarães, foi a que registou a melhor pontuação na candidatura a Eco-Freguesia XXI 2019, com uma pontuação de 87%. Nesta segunda edição do projeto participaram 86 freguesias, das quais 52 foram reconhecidas com este galardão.

Paulo Alexandre Dias Cardoso (jra freelancer)