Eco-Escolas em Portugal e nos Estados Unidos – Um exemplo a seguir

No decorrer dos dois dias de Seminário Nacional Eco-Escolas, Kim Martinez, percorreu o oceano para participar pela primeira vez num seminário português. Diretamente dos Estados Unidos da América, apresenta-se no evento como a coordenadora nacional Eco-Escolas e diretora de Educação K-12 na Federação Nacional de Vida Selvagem.

Kim Martinez, afirmou que costuma participar em muitos seminários Eco-Escolas nos Estados Unidos da América, ainda que

Kim Martinez, considera Portugal como um dos seus melhores contactos.

nenhum se compare ao tamanho deste último com “tantos alunos empenhados à sua volta”. Neste momento, assume a responsabilidade de difundir o programa Eco-Escolas por 5000 instituições escolares.

O Eco-Escolas integra o programa da Federação Nacional e está difundido por 67 países. A coordenadora, aproveita para destacar que os Estados Unidos da América é um país geograficamente extenso e muito diversificado. Assim sendo, a sua equipa de trabalho conta com seis diferentes escritórios/gabinetes que auxiliam e suportam muitas das Eco-Escolas, em que estas pequenas equipas de trabalho também desenvolvem estratégias, criação de tutoriais, websites, entre outros.

Em relação ao funcionamento do programa em Portugal, a coordenadora do Eco-Escolas dos EUA, refere que se usa praticamente a mesma metodologia de trabalho, sendo a mais adotada e partilhada pelos dois países, a dos encontros em eventos com estudantes e professores. Envolver os estudantes não é uma tarefa árdua no continente americano, pois muitas vezes são os jovens a estabelecer o primeiro contacto para tornar a sua escola, numa Eco-Escola. Os professores são quem têm, na visão de Kim, o papel mais importante para motivar e despertar as questões da Educação Ambiental junto dos seus alunos. Por excesso de trabalho acabam por atuar, muitas vezes, em segundo plano.

A Federação Nacional, dirigida por Kim, contempla um trabalho correspondente ao da ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa. Baseia-se em pilares como a conservação e educação e em Estado filiado, preserva-se o habitat para a vida selvagem. Para Kim, a federação é a organização anfitriã do Eco-Escolas e Jovens Repórteres para o Ambiente nos EUA.

Quando confrontada com o uso da tecnologia como suporte e colaboração para os projetos sustentáveis, a coordenadora defende que esta pode trabalhar em conformidade e em conjunto, principalmente na análise dos dados e sua respetiva simplificação para a sociedade. Aborda ainda a “Green Technology” como agente de mudança da paisagem e geradora de novas experiências com a natureza.

Por fim, Kim garante levar consigo muitos conhecimentos e estratégias para aplicar no seu país e nos programas que coordena junto dos estudantes que tanto preza, por serem estes quem têm a iniciativa e a vontade de procurar soluções para os problemas ambientais.

Paulo Cardoso, Filipa Murta, Manuel Farias, Jéssica Coutinho, Maria Carreira,