É preciso salvar o Tejo

Nunca mais se escreveu sobre o Rio Tejo. Um dos maiores rios da Europa, a ser destruído a pouco e pouco faz-me escrever.

O Tejo é um dos rios mais extensos da Península Ibérica e o maior rio em território português. Com um curso de cerca de 1100 quilómetros, nasce em Espanha, a 1593 metros de altitude, percorrendo toda a extremadura espanhola até entrar em Portugal. Escolhi, neste artigo, abordar a poluição do Rio Tejo e os seus afluentes. Já muitos analistas e investigadores o fizeram, mas, infelizmente, os problemas ambientais do Rio Tejo continuam. Muitas são as iniciativas, quer políticas ou da sociedade, para os combater mas têm se revelado indiferentes e insuficientes.

Vista aérea do Rio Tejo

A atividade económica é essencial, sobretudo no nosso país, que necessita de emprego e de melhores condições de vida para os seus habitantes. No entanto, é necessário que esta atividade económica respeite a legislação e não coloque em causa a sustentabilidade dos recursos ambientais. A poluição, aliada à seca extrema do país, afeta a atividade piscatória no rio, levando à crise na região. Infelizmente, a água castanha e branca e o forte cheiro do rio prejudica a atividade económica (como o turismo e a pesca) ao mesmo tempo que põe em causa a sustentabilidade dos recursos ambientais. Todos aqueles que vivem nas zonas ribeirinhas têm os olhos vigilantes e a imagem do rio Tejo choca os portugueses.

Entre as soluções para a construção de uma solução válida, sólida e sustentável está a intensificação da fiscalização, uma maior capacidade para gerir o caudal do rio e a massa de água existente, a orientação para políticas assentes na maximização da sustentabilidade ambiental, preservando os recursos hídricos, recusando a elevada carga de poluição provocada pelos agentes poluidores.

Assim, porque a sustentabilidade do nosso território e da sociedade só é assegurada com um rio luminoso e com vida, em toda a sua plenitude, é necessária uma intervenção rápida e eficaz. O Tejo definha a cada dia e as consequências estão aos nossos pés.

Paulo Alexandre Dias Cardoso (jra freelancer)