Do tratador à vida primata

No Jardim Zoológico de Lisboa existem atualmente mais de 50 pequenos primatas

langur No Jardim Zoológico de Lisboa existem atualmente mais de 50 pequenos primatas. Em termos de conservação, o Zoológico tem como objetivo principal a reprodução das espécies, principalmente as que estão em perigo de extinção.

Maria da Paz começou a trabalhar no Zoológico para poder angariar algum dinheiro, no entanto permanece na casa há 20 anos, tendo já trabalhado com pinguins e otárias, atualmente é uma das tratadoras dos pequenos primatas. Considera a vida de tratadora dura mas com grandes recompensas. Gosta do que faz apesar de considerar injusto o salário que recebe. Após toda essa experiência, não tem uma espécie favorita porque todas são especiais e fazem parte da sua vida.

Jardins Zoológicos e a conservação de espécies

Se se retirar alguma espécie do seu habitat natural e seguidamente colocar num Zoológico tem de se ter bastante atenção à reação do animal ao novo ambiente onde viverá. Se isso não acontecer todo o processo de recuperação da espécie correrá mal.

Segundo Maria da Paz, mesmo sendo tratador, em termos de manuseamento, deve-se evitar tocar nas crias com as mãos para promover o comportamento natural da progenitora com a sua cria. Apenas em caso extremos, como é o caso das espécies que realmente se encontram em grande perigo de extinção, é que terão de intervir.

Revela que o Jardim Zoológico de Lisboa, nomeadamente com a espécie Langur-de-java, aposta como estrutura base na reprodução. Este aspeto tem vindo a ser bastante positivo. Maria da Paz tem mesmo a sorte de já poder acompanhar a 3ª geração de crias do Langur-de-java. Apesar destas iniciativas de conservação tomadas pelo Homem, a espécie encontra-se em vias de extinção.

Pequenos primatas

Os pequenos primatas, onde se incluem o langur, o mico-leão e o gibão,  requerem uma larga área de segurança, pois conseguem saltar vários metros. Atualmente ainda é utilizada a instalação proveniente do Zoológico de São Sebastião (a única transferida para o zoo de Lisboa) para preservar os pequenos primatas da espécie Langur-de-java, onde se situam há 130 anos. O recinto era utilizado no zoo de São Sebastião para sustentar aves de rapina.

O habitat dos pequenos primatas, que se situa principalmente em zonas de florestas tropicais da América do Sul e África, tem condições climáticas muito diferentes das encontradas no Jardim Zoológico de Lisboa. Sendo assim é preciso ter regularizado um sistema de aquecimento para não se diferenciar muito da temperatura característica.

Alguns primatas adoram comunicar, mas nem todos. A comunicação entre eles é feita por sons, um exemplo é quando passa uma gaivota no ar e eles provocam um grito de alerta. Os pequenos primatas necessitam tanto de espaço para estar em grupo como para estarem sozinhos, apesar de no Zoológico não ser possível ter primatas solitários.

Através dos sons, é-lhes permitido comunicar tanto entre espécies do mesmo grupo como também com outros animais. Nesse sentido faz parecer um habitat natural.

Grupo 4: Cláudia Tavares, Paulo Cardoso, Vicente Lima

Cláudia Tavares, Paulo Cardoso, Vicente Lima