Calotes polares: o problema do degelo acelerado

Estudos recentes comprovam que toneladas de gelo acumuladas nos polos têm vindo a derreter mais rapidamente. Ultimamente tem sido muito abordado o tópico do aquecimento global e a consequente subida do nível médio das águas. Mas o que realmente está por detrás desta catástrofe ambiental? Muitos estudos têm sido realizados neste âmbito e chegou-se à conclusão que o respeito humano pelo ambiente tem de mudar. Toneladas de gelo têm vindo a derreter e é necessário preservar as calotes polares. Mas o que realmente se está a passar no nosso planeta?

Ultimamente tem sido muito abordado o tópico do aquecimento global e a consequente subida do nível médio das águas. Mas o que realmente está por detrás desta catástrofe ambiental? Muitos estudos têm sido realizados neste âmbito e chegou-se à conclusão que o respeito humano pelo ambiente tem de mudar. Toneladas de gelo têm vindo a derreter e é necessário preservar as calotes polares. Mas o que realmente se está a passar no nosso planeta?

Calotes polares (fig.1) são camadas de gelo que se acumulam em cima de uma região de terra firme. Estão localizadas na parte polar do nosso planeta, onde a latitude é elevada, a ponto de a água manter-se sempre congelada. Dependendo do local onde se situam, a composição do gelo vai-se igualmente alterando. São responsáveis pelo equilíbrio ambiental, servindo de território de sobrevivência para milhares de espécies.

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Fig.1 – Calotes Polares

Recentemente, o ritmo de derretimento das calotes polares têm vindo a aumentar brutalmente, já tendo esta matéria sido alvo de inúmeros estudos. Um estudo realizado e publicado pela revista científica Science divulgou dados recolhidos ao longo de 20 anos através de observações de satélites. Os cientistas revelaram então graves conclusões, sublinhando a existência de “uma perda de cerca de 75 giga-toneladas por ano de 1900 a 1983 e de 73 giga-toneladas anuais no período entre 1983 e 2003. Já entre 2003 e 2010, passou-se para uma perda de 186 giga-toneladas por ano.”1 Por conseguinte, o nível do mar já aumentou cerca de 11 mm, aparentemente um número pequeno mas significativo para os cientistas, uma vez que os números de referência de pesquisas anteriores não ultrapassavam 1/5 (um quinto) deste valor.

O projeto de investigação científica, chefiado por Andrew Shepherd, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, demonstrou ainda que este problema tem vindo a agravar-se gradualmente. Nos anos 90 houve um aumento de 0,27 mm por ano no nível do mar enquanto atualmente este valor já é de 0,95 mm. A situação é de tal forma preocupante que “só a Gronelândia (fig.2) perde hoje cinco vezes mais massa de gelo do que nos anos 90”2 . Foi, portanto, o primeiro estudo a apresentar dados conclusivos e incontestáveis em relação ao derretimento das calotes polares e aumento do nível médio das águas do mar. Não obstante, muitos outros têm vindo a reforçar as mesmas conclusões, nomeadamente o estudo da revista científica Nature, liderado por Kristian Kjeldsen, da Universidade de Copenhaga.

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Fig.2 – Gronelândia

De acordo com os cientistas que se dedicam ao estudo do clima, o aceleramento do degelo das calotes polares está intimamente ligado ao aquecimento global. A excessiva emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera devido à grande industrialização humana, tem vindo a causar um aumento de temperatura à escala global, levando assim a mudanças drásticas das temperaturas polares, provocando a fusão das massas de gelo. Carla Tomás do Jornal Expresso, após a Cimeira do Clima 2015, sublinha ainda que “em causa não está só o aumento global da temperatura, mas também o ritmo acelerado com que esta está a subir, sem que os seres-humanos e os ecossistemas tenham tempo para se adaptar.”.

Assim sendo, medidas tem de ser tomadas para inverter o rumo desta catástrofe ambiental. Ao ritmo imparável que o degelo das calotes polares tem vindo a acontecer, rapidamente o Polo Norte estará completamente extinto. Isto irá por em causa o equilibro de inúmeros ecossistemas, pondo também em risco de extinção muitas espécies (fig.3). Eventos como furacões e tufões também tenderão a ser mais repetitivos e intensos, já que as temperaturas da superfície dos oceanos subirá fazendo aumentar a energia que os forma. Paralelamente, e de um ponto de vista antropológico, inundações serão muito mais frequentes, sendo este aumento do nível do mar suficiente para afetar áreas habitadas por cerca de 118 milhões de pessoas.

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Fig.3 – Espécies em risco de extinção

Em suma, tal como defendeu Laurent Fabius, Presidente da Conferência de Paris, quando estão em causa consequências dramáticas para o planeta, para os ecossistemas, para as populações e para o futuro é certamente tempo de agir. “O consenso obriga a esquecer o ótimo”.

1 http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4940042. Consultado em 11/02/2015

2 http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/o-que-sao-calotas-polares-e-consequenciasde-seu-derretimento/. Consultado em 11/02/2015

3 http://expresso.sapo.pt/sociedade/2015-12-10-Doze-perguntas-e-respostas-para-sabermos-comoestao-a-tentar-salva-la. Consultado em 11/02/2015

4 https://www.publico.pt/opiniao/noticia/alteracoes-climaticas–o-dilema-do-copo-1717264. Consultado em 12/02/15

Carolina Gomes, 10º1A