Caça aos tesouros marinhos

Os oceanos são o lar de uma incrível variedade de vida marinha e um baú de tesouros. Nas profundezas dos oceanos existem espécies marinhas fora do normal e o ser humano procura-as com o intuito de satisfazer as suas necessidades de descoberta e progresso.

“À procura da Dory”

A Green Nation, uma ONG (Organização Não-Governamental) australiana relacionada com o ambiente, lançou uma campanha que tem como objetivo a proteção dos peixes da espécie Cirurgião-paleta (mais conhecida por “Dory”). Os vários ativistas previram um aumento da captura ilegal do animal marinho devido à estreia do filme “ À procura da Dory”.

De acordo com a ONG, mais de 90% de todas as espécies dos aquários marinhos são retiradas do meio natural. Além disso, estima-se que são retirados 400000 peixes desta espécie do habitat natural, todos os anos, para passarem apenas a ser animais de estimação (ou serem traficados) e deixarem de desempenhar as funções que o meio marinho realmente precisa. Assim, existe uma perda de biodiversidade marinha. Em conformidade com o jornal “Vancouver Sun”, as técnicas para captura desses peixes também afetam os recifes de corais. Esta espécie alimenta-se de algas, usando os seus dentes afiados para as rasgar das rochas e dos corais. A alimentação não só é importante para o Cirurgião-paleta como também é imprescindível para os recifes pois só assim, estes não são afetados por superpopulações de algas.

A espécie Cirurgião-paleta e qualquer outra espécie do mundo marinho deve viver no seu habitat e não ser capturada para ser colocada num habitat artificial- os chamados aquários. Deste modo, esta forma de pensar tem de mudar e temos de pôr um fim à captura de animais do mundo donde realmente pertencem.

 

Leonor Batalha Mendes