Banco mundial de sementes vai receber novas amostras portuguesas

Há mais de 45 mil amostras guardadas no ‘cofre’ de sementes nacional, em Braga. O Banco Português de Germoplasma Vegetal prepara-se para enviar algumas dessas sementes para a “Arca de Noé” mundial, em Svalbard, na Noruega, já em fevereiro.

“Sempre na perspetiva da segurança”, conta Ana Maria Barata. A engenheira agrónoma é uma das responsáveis por conservar as amostras e explica que “são espécies destinadas à alimentação” e que se desaparecerem podem colocar a sobrevivência humana em risco.

Banco Português de Germoplasma Vegetal

Banco Português de Germoplasma Vegetal em Braga

Está localizado numa quinta com oito hectares, na freguesia de Merelim S. Pedro, que são guardadas as amostras de quase 200 espécies.

Uma equipa de 30 cientistas, investigadores e técnicos e pessoal de apoio, preservam o património vegetal do país no frio, in vitro ou no campo.

Nos frigoríficos são guardadas sementes entre 20 e 40 anos e há uma câmara que chega aos 18 graus negativos para conservar amostras durante mais de 100 anos. “Se houver uma guerra, por exemplo, é importante estarem guardadas”, acrescenta a responsável.

Câmara de sementes.

Depois da colheita é feita a caracterização de todo o ciclo da planta, segue-se a regeneração/multiplicação e depois a conservação. “Aqui há cereais, plantas aromáticas e medicinais, fibras, culturas hortícolas, forragens e pastagens”, explica Ana Maria Barata.

O Banco Português de Germoplasma Vegetal nasceu na década de 70 e é gerido pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.

O ‘cofre’ mundial das sementes é na Noruega e apesar de já ter espécies portuguesas, no início do próximo ano, vai receber mais.

Banco de sementes

Banco de sementes