As pastilhas elásticas e o ambiente

Mascar pastilhas elásticas é um habito já muito antigo. Inicialmente eram produzidas de resina de árvores com o intuito de combater o mau hálito. Com o passar do tempo os fabricantes substituíram a resina por “goma base” sintetizada a partir de derivados de petróleo.

As pastilhas elásticas não são apenas perigosas para o organismo, também acarretam outros tantos problemas tais como a poluição e o risco que constituem para alguns seres vivos.

Os pássaros, ao sentirem o cheiro doce e de fruta, comem os restos de pastilha que as pessoas deitam para ou chão, ficando com os restos de pastilha colados no bico, acabando por morrer sufocados, o mesmo acontece com os esquilos que, ao engolir, sufocam.

Relativamente ao ambiente, o hábito de deitar as pastilhas no chão é algo que a maioria da população faz, mas que não está correto.

As pastilhas não são biodegradáveis e demoram muitos anos a desaparecer ficando, assim, as ruas cheias de marcas das pastilhas elásticas, umas mais claras, outras mais escuras com o passar do tempo.

Muitas têm sido as tentativas de erradicação desta “praga pegajosa”, por exemplo, em Londres se alguém for apanhado a deitar uma pastilha para o chão ser-lhe-á atribuída uma multa de 50 libras. Em Singapura, as multas para quem masca pastilhas elásticas pode chegar aos 500 dólares, pois este é um hábito ilegal nesta cidade-estado.

Em Lisboa já se fazem iniciativas à limpeza das ruas com o intuito de retirar as pastilhas coladas ao chão, mas será que será suficiente para acabar com a poluição que estas causam?

“Poste das pastilhas” em Massamá

Na nossa opinião, não é suficiente para acabar com a poluição causada pela quantidade de pastilhas deitadas ao chão, por dia, apesar de haver pessoas a limpar, as pessoas devem ser sensibilizadas para que deixem de ter este tão mau hábito de deitar as pastilhas ao chão. Por outro lado, o estado devia fornecer as condições necessárias para que isto não aconteça, uma vez que uma pessoa que queira deitar uma pastilha fora e não tiver um caixote do lixo ao pé, não vai guardar uma pastilha já mascada no bolso, como é óbvio .

Gumdrop

Sendo assim, seria uma boa iniciativa adotar os gumdrop’s. Gumdrop é um contentor para a recolha de pastilhas elásticas, criado pela empresa Gmdrop Ltd, feito também de pastilhas elásticas recicladas.

Destina-se a isso mesmo, à recolha e posterior reciclagem de pastilhas elásticas, colocados nas ruas, criando assim, as condições necessárias aos consumidores de não deitarem as pastilhas para o chão, fazendo também, diminuir a poluição e os gastos com a recolha das pastilhas do chão, pois parecendo que não, a recolha das pastilhas do chão acarreta muita despesas. Por exemplo, no Reino Unido são efectuados gastos equivalentes a mais de 185 milhões de euros todos os anos para se poder realizar esta limpeza.

Em 2009, no México foram criadas as primeiras pastilhas biodegradáveis sendo já comercializadas em Portugal, mas a um preço pouco acessível à maioria dos portugueses.

 

 

André Mendes e Inês Mendeiros