Água no PNSAC

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As serras de Aire e Candeeiros são conhecidas pelas suas formas cársicas. No entanto, esta serra tem muito mais do que formas cársicas. Devido ao calcário e às diáclases que nele se encontram, a água infiltra-se formando um dos maiores, ou mesmo o maior reservatório de água doce do país.

Ao circular por esta serra não se vê muita água, pois devido, principalmente às diáclases presentes no calcário a água infiltra-se no solo. Outra das razões pelas quais a água se infiltra é que, apesar de o calcário ser uma rocha impermeável, a água quando passa pela atmosfera capta dióxido de carbono ficando acidificada, entrando depois em contacto com o calcário que corroí, infiltrando-se de seguida.

Apesar de a água à superfície não ser muita em comparação com a que está em profundidade, esta ainda é alguma. Nesta serra nascem o Rio Alcoa, o Rio Maior, a Ribeira das Alcobertas, o Rio do Penegral, o Rio Lena, o Rio Almonda e o Rio Lena. E ainda são encontradas pequenas lagoas pela serra onde a água não se chegou a infiltrar por causa da existência no solo de uma camada de argila impermeável.

Um dos maiores pontos de turismo das Serras de Aire e Candeeiros são as suas grutas, visto serem as maiores de Portugal. É graças às reações que intervêm a água que se infiltra no solo que originam estes depósitos de carbonato de cálcio que goteja no teto, denominados estalactites e estalagmites.

Para além das formas cársicas, as serras de Aires e Candeeiros são bastante ricas em água, tem paisagens maravilhosas, e devido, ao calcário, que é uma rocha sedimentar, é uma serra bastante importante em termos geológicos para reconstituir e estudar o passado do planeta.