Água e Saneamento em Arouca

O desenvolvimento económico registado nos últimos anos no nosso país, e também na nossa região, tem levado a uma melhoria das condições de vida das populações. No entanto, o crescente consumo dos nossos recursos, nomeadamente a água, exige, no sentido da sustentabilidade para as gerações futuras, a sua preservação, enquanto recurso vital, assim como a alteração dos nossos hábitos diários. É também fundamental que se aposte numa rede de recolha e tratamento de águas que permita devolver à natureza este recurso, minimizando, tanto quanto possível, o impacto negativo da sua sobreutilização/exploração.

O desenvolvimento económico registado nos últimos anos no nosso país, e também na nossa região, tem levado a uma melhoria das condições de vida das populações. No entanto, o crescente consumo dos nossos recursos, nomeadamente a água, exige, no sentido da sustentabilidade para as gerações futuras, a sua preservação, enquanto recurso vital, assim como a alteração dos nossos hábitos diários. É também fundamental que se aposte numa rede de recolha e tratamento de águas que permita devolver à natureza este recurso, minimizando, tanto quanto possível, o impacto negativo da sua sobreutilização/exploração.

No concelho de Arouca, segundo dados obtidos junto da Empresa Pública Águas do Norte, SA, a percentagem da população servida pela rede municipal de recolha de águas residuais, em 2015, era de 36,5 %. Em 2018 essa percentagem subiu para 46%. Embora este valor demonstre uma melhoria nos serviços de saneamento, a realidade está ainda longe do ideal. Contudo e no que respeita às previsões para 2030, a expectativa da empresa e do município, na qualidade de acionista, é que seja cumprido o Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais (PENSAAR 2020), ou seja, que o nível de atendimento em saneamento de águas residuais seja de 80%. Há que ressalvar que as características topográficas, morfológicas, pedológicas e a própria localização dispersa das habitações e povoados poderão dificultar o cumprimento desta meta, o que se traduzirá, em termos concretos, na impossibilidade de servir 100% das populações e dos lugares.

Estão implantadas e em funcionamento, na área do Município, cinco ETARs com tratamento secundário cuja gestão é da responsabilidade da Empresa SIMdouro. Estão localizadas na Ponta da Ribeira (Rossas), Fundo de Vila (Moldes), Canelas, Alvarenga e Orvida (Fermedo). Há também cinco ETARs compactas sob alçada da Empresa Águas do Norte em Lamas (Tropeço), Vila (Mansores), Merujal, Mizarela e Albergaria da Serra. De momento e face à cobertura do concelho pela rede de águas residuais, as atuais ETARs estão perfeitamente dimensionadas, mas pretendendo-se atingir o nível de atendimento consignado no PENSAAR 2020 (80%), será necessário, obviamente, construir novas unidades. A expansão das infraestruturas está a ser acompanhada pela separação das águas residuais das águas pluviais, tal como acontece a nível nacional, evitando-se assim a sobrecarga das estações de tratamento com a água das chuvas que poderá ser direcionada para alimentar os cursos de água.

Rio Paiva. Fonte: passadicosdopaiva.pt

No que concerne aos cursos de água e particularmente ao Rio Paiva, face à sua importância e notoriedade, sobretudo do ponto de vista turístico, é de referir que a monitorização da qualidade das suas águas é efetuada pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Autoridade de Saúde no âmbito da classificação do Praia Fluvial do Areinho, com a colaboração da Câmara Municipal e do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA). Como no ano passado existiu uma interdição durante um período de tempo, a banhos, devido a poluição bacteriológica, convém realçar que não estão identificados na área geográfica do Concelho de Arouca focos de poluição do rio. As situações identificadas são a montante, nomeadamente nos concelhos de Castro de Aire e Vila Nova de Paiva. De momento existem dois grupos de trabalho intermunicipais, com a intervenção de parceiros privados e instituições públicas, a estudar, um a bacia do Paiva, no âmbito do projeto Europeu ALICE, e outro, a bacia do Douro (Projeto Rede Douro Vivo).

Para proteção e valorização dos recursos hídricos, a CMA e os seus Serviços do Ambiente, fomentam, entre outros, os seguintes eixos de ação:  promoção da concentração de núcleos urbanos e o uso eficiente da água, a identificação e o controlo de eventuais focos de poluição da água (superficial e subterrânea), a promoção a valorização patrimonial e o uso sustentável dos recursos naturais, bem como ações de educação e sensibilização ambiental.

Diana Fonseca Henriques