A poluição da Publicidade Tradicional

As ruas das cidades estão a ficar comprometidas pela publicidade, fruto do consumismo sem controlo. Os anúncios publicitários fazem parte das nossas vidas, todos nós já nos deparamos com um flyer no carro, folhetos de supermercados e lojas na caixa do correio, cartazes em mobiliário urbano… Até poderão ter alguma utilidade, divulgar algo como, um produto, um evento, com o objetivo de cativar o público, mas quem limpa o local?

É muito frequente encontrar este tipo de situações nas cidades. No mobiliário urbano onde são colocados anúncios e os quais, acabam por se degradar pelo efeito da chuva, do vento, do calor e do frio. Os flyers deixados nos carros, muitas vezes são esquecidos ou nem sequer são vistos e, por isso, não são retirados, o que pode levar a que durante a viagem estes vooem provocando lixo nas bermas das estradas. A maior parte destes flyers são feitos de papel plastificado o que torna a sua degradação muito mais lenta e este lixo pode mesmo acabar no mar. A publicidade recebida na caixa do correio, num grande número de casas o seu destino final pode não ser o mais correto, acabando no lixo comum, ou no chão, em vez da reciclagem.

Muitos municípios já começaram a adotar medidas para combater a poluição provocado pela publicidade. Para publicitar algo num espaço público será necessário pedir um licenciamento, e no qual as pessoas têm de cumprir regras para o puderem fazer e a não realização pode levar ao pagamento de uma multa, mas, no entanto, muitas vezes este licenciamento não é feito e a taxa de utilização ou a multa não é paga.

No caso de Lisboa, já se proibiu mesmo a afixação de cartazes no espaço público, através da colagem ou de métodos como pregar, podendo ser utilizado outros métodos como telas, pendões e bandeiras. A partir do método de colagem as pessoas acabam por se desleixar mais, não tendo a preocupação de retirar o anúncio do local, estragando mesmo a estética da paisagem urbana, raramente este tipo de lixo é limpo e quando é limpo, é por funcionários e não pelas entidades responsáveis pela publicidade, sendo a limpeza feita  pelos funcionários da autarquia, pagos pela Câmara do local em questão, com dinheiro público, estas verbas podiam ser utilizadas para investir na educação, equipamentos desportivos ou lazer.

Solange Fernandes Silva