A missão do Zoo na conservação de espécies

O plástico que os animais ingerem julgando que se trata de alimento, a caça ilegal, as alterações climáticas e as espécies exóticas ou invasoras são os principais responsáveis pelo aumento da taxa de animais em vias de extinção, considerando que todas as espécies são essenciais para garantir que os ecossistemas estão em equilíbrio.

Esta subespécie de Tigre chega a medir 250 cm

Atualmente existem inúmeras espécies prestes a desaparecer do nosso planeta como, por exemplo, o Leopardo da Pérsia, o Camelo Selvagem ou o Tigre-de-Sumatra. No Jardim Zoológico de Lisboa podem visitar-se estes ou outros animais ameaçados, uma vez que o papel do Jardim Zoológico passa também pela proteção, conservação e reintrodução das espécies na Natureza, através da informação prestada e do trabalhão desenvolvido na educação da população

Um dos casos de sucesso no Jardim Zoológico de Lisboa foi a reintrodução do Leopardo da Pérsia no seu habitat natural, mais precisamente na Rússia. Esta subespécie de Leopardos é ameaçada devido à destruição de habitat, falta de recursos alimentares e caça ilegal para obter pele e ossos. Em 2007 foi introduzido no Jardim Zoológico um casal desta subespécie de leopardos com o objetivo de procriar e salvaguardar a espécie. Este casal de leopardos adaptou-se bem às instalações do zoo de Lisboa e teve três ninhadas. A primeira ninhada teve 2 crias, a segunda 3 e a terceira 4. Em 2012 surgiu uma parceria com a Rússia e foram enviadas crias de ´Leopardos da Pérsia para um centro de reprodução para se habituarem à vida selvagem e, posteriormente, serem reintroduzidas na Natureza.

Os Camelos selvagens chegam a pesar 600 Kg

O Camelo Selvagem encontra-se classificado como criticamente em perigo de extinção na Natureza, segundo o Jardim Zoológico. O Camelo é um herbívoro que é facilmente domesticado, visto que é utilizado para transporte de pessoas no deserto e para demonstração nos circos. Este animal vive em manada, elegendo um macho dominante. Sendo o único mamífero capaz de beber água salgada, este animal tem ainda a particularidade de poder passar muito tempo sem consumir alimento ou água. Tudo isto é possível graças às suas duas boças preenchidas de gordura que servem como reserva nutritiva. Para combater as altas temperaturas características do seu habitat, esta espécie tem de minimizar as perdas de água através da urina extremamente concentrada e da taxa de transpiração baixa. Uma adaptação fisiológica desta espécie são as suas grandes pestanas que impedem a entrada de areia para os olhos.

Tal como o Camelo, também o Tigre-de-Sumatra é uma subespécie criticamente em perigo, a mais pequena do mundo. Este carnívoro vive solitariamente e junta-se à fêmea na altura de acasalamento. Pode ainda aproximar-se dela fora da mesma. Para se alimentar, caça frutiferamente. Os felinos vêm a preto e branco logo presas como as zebras são mais difíceis de caçar, por se camuflarem.

Nesta missão de conservação de espécies, um dos grandes objetivos do Jardim Zoológico é sensibilizar o Ser Humano para a extinção mundial de espécies e educar as populações para não contribuirem para essa extinção.

Cristiana Pereira, Diogo Martins, Simão Carreira, Patrícia Luís, Inês Antunes