A mata Mediterrânica do Externato de Penafirme

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Mata Mediterrânea do Externato de Penafirme A floresta mediterrânica é típica dos países do sul da Europa, como Portugal. Mas também pode ser encontrado em pequena zonas como no Chile, na Austrália, na Africa do sul e na Califórnia Em Portugal, a floresta mediterrânica é predominante devido à localização junto ao mar mediterrânico e o seu clima ser propício a que este se desenvolva. Localiza-se em regiões em que o verão é quente e seco e os invernos chuvosos e amenos (clima mediterrânico).O seu clima pode ser uma ameaça para esta floresta, pois devido aos verões quentes e secos e a própria vegetação ser só por si seca, o fogo pode destrui-la muito facilmente. Para recuperar são necessários muitos anos.

A floresta mediterrânica é constituída por árvores de grande porte, como o carvalho, o sobreiro, a azinheira e o castanheiro. Muitas vezes, estas árvores são acompanhadas por uma vegetação densa e impenetrável. Com predominância em arbustos como o loureiro, a urze, a giesta e também em arbustos mais pequenos e mais dispersos como o alecrim, a alfazema, o tomilho e o rosmaninho.Na floresta mediterrânica é rica em fauna, em que se pode observar mamíferos como o veado, o javali, a raposa, o coelho, a lebre, o lobo e o lince ibérico. Em relação às aves também é possível observar a águia imperial, a águia de bonelli, o falcão, o gavião, o açor, a coruja, o corvo, o gaio, o pica-pau, o tentilhão e o rouxinol. E também existem répteis tais como o lagarto, a cobra e a víbora. É possível ver no bosque mediterrânico, junto a cursos de água, anfíbios, como a rã e o sapo. Podemos encontrar também uma variação de insetos.

Algumas destas espécies referidas anteriormente estão em perigo de extinção como a águia imperial, a águia de bonelli, o lince ibérico e o lobo ibérico. Neste tipo de floresta podemos encontrar plantas em flor durante todo o ano. Uma das principais ameaças ao bosque mediterrânico são as alterações climáticas pois devido a esse fator as secas estão a ocorrer com uma maior frequência e muitas espécies da flora acabam por não sobreviver.

A pequena mata mediterrânica localizada na nossa escola, Externato de Penafirme, tem características semelhantes às referidas anteriormente. É o resultado da preservação de uma floresta anteriormente existente nesse local antes da construção da escola. Podemos dividi-la em quatro extratos. As árvores de copa alta, os arbustos, as plantas e os musgos e líquenes.

As árvores de copa alta predominante na nossa área escolar são os pinheiros bravos e mansos. Estes, devido ao seu grande porte captam maior percentagem de luz solar e devido a isso são mais desenvolvidos. Estas árvores estão distanciadas umas das outras. No entanto produzem resina para o solo, inviabilizando o desenvolvimento de seres debaixo da sua copa.

Devido às árvores terem dimensões tão grandes, retêm a maior parte da luz solar, o que faz com que os arbustos tenham dimensões mais pequenas e menos proveito da radiação solar. Como conseguimos observar na nossa mata mediterrânica, o tojo, é um arbusto que ocupa uma grande parte da área. As suas folhas são pequenas com forma de bicos devido à humidade existente. Ela tem estas características pois a existência de muita água pode iniciar a sua decomposição.

Em relação as plantas, podemos encontrar espécies espontâneas e espécies introduzidas pelo homem como as trepadeiras e as acácias. Observamos a existência de espécies semelhantes o que concluímos que pode ser uma maneira das plantas se defenderem. Algumas plantas têm uma espécie de velcro e também umas com características parecidas com veludo e podemos chegar à conclusão de que elas usam este método para se poderem “deslocar”. Os musgos e líquenes, que tivemos a oportunidade de estudar, foram observados junto ao solo mas também fixados as árvores de grande porte não sendo prejudicais para o desenvolvimento destas.

Neste ecossistema, com uma área relativamente pequena, existe uma grande biodiversidade. Foi possível presenciar seres como abelhas, vários tipos de aves vulgares, aranhas e lagartas do pinheiro. Devido ao processo de degradação por ação do homem a floresta mediterrânica tradicional quase que não existe, devido a isso a importância da preservação deste ecossistema rico em tanta biodiversidade. Na opinião do nosso grupo de trabalho, a preservação feita por um dos antigos diretores do Externato de Penafirme, Alfredo Manuel Cerca, foi bastante importante pois  conseguiu conservar espécies (como o carvalho, o tojo, a madressilva, rosmaninho, murta, espargo, erva de São Roberto, entre outras.) o incentivo pelo respeito pela conservação dos espaços verdes é tanto transmitida pelos professores como pelos nossos colegas mais velhos que também nos ensinam. Na parte da pedagogia, esta mata é muito importante pois como foi referido anterior, tanto professores, funcionários e alunos se ajudam e aprendem uns com os outros. É igualmente importante para as aulas pois sem este espaço verde na nossa escola o nosso trabalho de observação não seria possível, como é o nosso caso relativamente às aulas experimentais.

Para além do ensino, é um espaço que ajuda os alunos a relaxar e não é como muitas escolas, um bocado de betão, cinzento que não nos incentiva a vir estudar. Para lá destes pontos referidos é um espaço que não está poluído e promove o respeito dos alunos pela natureza.

A mata mediterranica do Externato de Penafirme