Socorro e Archeira: Um património, uma herança

As serras do Socorro e Archeira são consideradas área protegida desde maio de 2012.
Vista panorâmica, observada a partir da serra da Archeira. Foto: Tiago Castro

Vista panorâmica, observada a partir da serra da Archeira. Foto: Tiago Castro

As serras do Socorro e Archeira são consideradas área protegida desde maio de 2012. Com cerca de 1223 hectares, é a única no concelho de Torres Vedras. Os principais objetivos de proteção prendem-se com o ordenamento da paisagem, com a conservação da biodiversidade e do património histórico e cultural da região.

Dentro desta área protegida podem encontrar-se inúmeras espécies, entre as quais, ao nível da flora, se destacam as orquídeas. Do ponto de vista da Fauna, salientam-se as aves e os mamíferos mais comuns da paisagem portuguesa (raposa, texugo, saca-rabos e coelho bravo), e também se evidenciam as borboletas (Zerynthia rumina).

Relativamente ao panorama cultural da região podem mencionar-se os moinhos de vento, que são parte integrante da paisagem e da cultura da região Oeste. O papel dos moinhos modificou-se ao longo dos tempos em conformidade com as necessidades da população da região. Antigamente feitos para auxiliar na produção de farinha, com o tempo têm vindo a ser substituídos por modernos aerogeradores que hoje ajudam a suprimir as necessidades energéticas da população.

Também aqui se encontram resquícios do que outrora foram fortificações das famosas “Linhas de Torres”, que ajudaram os portugueses a expulsar os exércitos franceses do seu território, no início do século XIX.

Estas serras oferecem diversas atividades de lazer entre as quais se destacam: birdwatching (existem 2 pontos de observação), uma pista de downhill, passeios pedestres pelas rotas das Linhas de Torres Vedras e eco trilhos usados para a prática de BTT e passeios turísticos.

Existem, no entanto, alguns aspetos que ameaçam a preservação desta área, nomeadamente a monocultura de eucaliptos, os desportos motorizados e o fato de grande parte dos terrenos serem privados o que impossibilita uma intervenção mais profícua por parte da câmara municipal de Torres Vedras.