Lixo marinho, um problema sem solução?

Algumas pessoas, no seu dia-a-dia, têm o hábito de deixar lixo por onde passam. Nesta notícia, iremos apresentar e analisar algumas opiniões no que toca ao lixo marinho, e dos hábitos pessoais que poderão contribuir para tal e respetivas soluções.

Algumas pessoas, no seu dia-a-dia, têm o hábito de deixar lixo por onde passam. Nesta notícia, iremos apresentar e analisar algumas opiniões no que toca ao lixo marinho, e dos hábitos pessoais que poderão contribuir para tal e respetivas soluções.

O objetivo desta reportagem é avaliar o conhecimento e as atitudes das pessoas face aos impactes, socioeconómicos e ecológicos do lixo marinho. Para isso entrevistámos várias pessoas durante o mês de março de 2017, na área metropolitana de Lisboa.

Os inquiridos têm idades entre os 17 e os 51 anos e possuem como habilitações académicas desde o nível secundário a pós-graduação.

Alguns dos entrevistados pensam que o lixo marinho é todo o lixo das zonas costeiras que vai parar aos oceanos e mares. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente-APA (2016), o lixo marinho não vem só de zonas costeiras, mas também do interior, transportado por agentes como é o vento.

Repórter a entrevistar uma das participantes

A maioria dos entrevistados afirma que o lixo marinho provem das zonas costeiras (fios, linhas de pesca, cabos de barcos e resíduos industriais), mas como é acima referido, também pode vir do interior, como por exemplo o plástico. Com estas afirmações, os entrevistados defendem que o lixo marinho é um grande problema, pois todos estes materiais podem levar à destruição dos ecossistemas marinhos.

Todos os entrevistados afirmam que a origem do lixo marinho advém principalmente dos esgotos e de zonas costeiras e também referem que o mais abundante é o plástico. No mar, este concentra-se mais à superfície. No entanto, a APA (2016) contesta, afirmando que o lixo mais abundante é, na realidade, o lixo das zonas costeiras (fios, linhas de pesca, cabos de barcos e objetos metálicos) e que se concentra depositado no fundo do mar. Uma questão colocada pelos nossos repórteres pretendeu indagar se os entrevistados teriam noção do tempo para a degradação do lixo marinho e, de facto, foi uma questão que mais surpreendeu, pois a grande maioria afirma que a decomposição do lixo marinho demora centenas de anos.

Outra questão versou sobre as consequências do lixo marinho. A maioria das pessoas respondeu ser a destruição dos ecossistemas marinhos, através da morte dos animais e da destruição da fauna marinha, e também os problemas causados às embarcações.

Muitas pessoas dizem que o lixo marinho lhes afeta a vida direta ou indiretamente. A maioria das pessoas queixam-se que, quando vão à praia, encontram muito lixo marinho.

À pergunta “Como se pode reduzir o lixo marinho? Tem alguma preocupação?”, obtivemos respostas muito distintas por parte dos entrevistados. Uns afirmaram que deve haver regras e fiscalização, reciclagem do lixo, tratamento das águas e dos resíduos, limpeza de zonas costeiras e fazer campanhas de sensibilização. Em relação às preocupações que as pessoas têm, a resposta foi sempre a mesma: reciclagem e não deitar lixo para o chão na praia e para a água.

No que diz respeito a campanhas para reduzir o lixo marinho, todas as pessoas disseram que nunca tinham participado.

Fotografia de lixo marinho da exposição “Plasticus maritimus” do Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal.

Há testemunhas que relataram que nas praias e nas zonas costeiras, normalmente encontram uma grande quantidade de lixo marinho (plástico, madeira, pensos higiénicos, e muito mais). Ficando muito dececionadas com a atitude da população ao deitar lixo para as águas e para o solo.

O lixo, transportado para os mares pelo vento, acaba por contaminar tudo e coloca em risco o habitat dos animais marinhos.

Como curiosidade, todos os entrevistados confidenciaram nunca terem deitado lixo nas sanitas. Mas “os cotonetes ao serem jogados na sanita, e não sendo reciclados, vão complicar o trabalho das ETAR.” relata revoltado António Alves, com 55 anos de idade, Técnico de Cartografia.

Para resolver isto devemos usar os materiais de forma adequada, reciclar devidamente os materiais para diminuir a contaminação, e criar responsabilidade civil para evitar a poluição do planeta.

 

Referência Bibliográfica:

Morbey, L., & Moura, I. (2016). Relatório do Programa de Monitorização do Lixo Marinho em praias – Dados 2016. Amadora: Agência Portuguesa do Ambiente.

Bernardo Guerreiro, Dalhia Nkola, Vasco Gonzaga