Do canto dos pássaros, ao barulho dos motores

Há 25 anos, um grupo de motares em Góis com os mesmos interesses, participa em vários encontros que levam mais tarde à criação do Moto Clube de Góis.

Nuno Bandeira, informático de profissão, residente em Góis e representante da direção do clube, explica que contam com o voluntariado de cerca de 250 colaboradores da associação com mais eventos federados do país, “além da concentração somos o clube em Portugal com mais eventos federados de motociclismo”, afirma. Dos vários eventos promovidos, destaca-se a Concentração Anual em agosto, a segunda com maior adesão em Portugal, “desde há dois anos para cá, o Município de Góis tem vindo a receber cerca de 20% de população estrangeira, na qual existe um maior destaque para os espanhóis”. Esta tem a duração de três dias, chegando a juntar cerca de 30 mil pessoas na pequena vila de Góis.

Estas concentrações contribuem para a economia local de Góis e dos concelhos envolventes, não só a nível do turismo como também a nível de infraestruturas como supermercados e restaurantes. Contudo existem também alguns impactos negativos, como a elevada produção de resíduos, a excessiva utilização dos recursos naturais durante três dias e as elevadas emissões de dióxido de carbono produzidas.

Os fundos angariados foram utilizados na reconstrução da sede do Clube e o restante foi doada aos escuteiros e bombeiros da vila de Góis. Contudo, cerca de 15 mil pessoas conseguem acampar nos 3,5 hectares que o clube disponibiliza durante a concentração. Tudo implica uma grande logística, “normalmente há 96 casas de banho portáteis e 12 contentores de água corrente.”, refere Nuno Bandeira.

Fig. 2: Diogo Ventura, atual campeão nacional de Enduro

Com tudo isto, existe um papel fundamental das entidades competentes perante um evento com uma taxa tão elevada de visitantes. Nuno salienta a importância articulação entre as entidades envolvidas como por exemplo: a Proteção Civil, Centro de Saúde, Bombeiros e Câmara Municipal de Góis, “a concentração precisa de proteção civil e os centros de saúde ficam abertos durante o decorrer de todo o evento.”.

Diogo Ventura do Moto Clube de Góis conta, “aos 8 anos já me aventurava de mota e os meus pais sempre me incentivaram a praticar a modalidade, aos 10 anos já competia em circuitos fechados”. Hoje, com 23 anos, Diogo Ventura relembra também as dificuldades, “os altos e baixos”, as quedas e acidentes.


Grupo 3

Ana Almeida, André Campos, Inês Boarqueiro, Pedro Lázaro, Frederico Santos