A EXTINÇÃO É PARA SEMPRE

O ano de 2015 trouxe consigo o nascimento de uma cria de Órix-de-cimitarra

orixcimitarraO ano de 2015 trouxe consigo o nascimento de uma cria de Órix-de-cimitarra. Esta espécie encontra-se extinta na natureza e o nascimento de crias como esta é fundamental para a conservação da espécie e possibilita a sua futura reintrodução no habitat natural.

Como funciona a reintrodução?

Com as suas parcerias internacionais, o Jardim Zoológico de Lisboa já conseguiu ajudar na preservação e reintrodução várias espécies, como por exemplo o Ádax que foi reintroduzido com sucesso. Isto só é possível através dos Programa Europeu de Reprodução (EEP) e dos Studbooks, quando aliados à educação ambiental a promover nos habitats junto das populações locais, afim de os sensibilizar para o seu papel na preservação das espécies. A reintrodução é feita por etapas: depois de os biólogos estudarem qual o lugar com menos ameaças, transportam os indivíduos para local. E numa primeira fase são colocados num território delimitado que se vai alargando, onde é controlado o seu estado de adaptação e a capacidade de reprodução. É importante que o animal reintroduzido se reproduza para assegurar a continuidade da espécie, o que é também um sinal de que ele se encontra adaptado ao seu novo habitat.

O caso do Órix-da-cimitarra:

No caso do Órix-de-cimitarra, a sua extinção evoluiu a um ritmo alarmante. Como vivem no Norte de África, são ameaçados não só devido ao valor das suas peles, como são também capturados para manadas privadas por serem entendidos como símbolos de poder e igualmente mortos pois acredita-se que os seus órgãos tenham poderes terapêuticos. Há 10 anos, que se trabalha no intuito da sua reintrodução, no entanto, ainda não foi possível devido à dificuldade de mudar as mentalidades das tribos locais. Mas, enquanto isso não é possível, investe-se na educação ambiental, no local, e no estímulo das práticas selvagens nos animais para que estejam em condições de serem reintroduzidos. É através de técnicas de enriquecimento ambiental, que o comportamento natural dos animais em cativeiro é estimulado: são introduzidos em instalações semelhantes aos seus habitats, onde vivem em grupo, como na natureza e com estruturas específicas.

 A reintrodução deve no entanto sempre ser utilizada em último recurso, dado que se deve começar pela prevenção: proteção in-situ e sensibilização das populações. A biodiversidade é fundamental para manter o equilíbrio do nosso planeta tal como o conhecemos, todas as espécies têm a sua função específica e são insubstituíveis. O Homem, como principal ameaça, é também o principal responsável pela preservação.

A extinção é para sempre.

Grupo 3: Miriam Seixas, Ana Carolina Pais, Rafael Almeida

Miriam Seixas, Ana Carolina Pais, Rafael Almeida