A “pele” do século XXI

 

Com certeza já ouviu falar de tofu, seitan, e de Muskin, já ouviu? A empresa italiana, Grado Zero Space desenvolveu recentemente um couro vegetal 100% biodegradável, mais uma alternativa aos produtos de origem animal, como os referidos anteriormente.

MSKN02-600x600Produzido a partir de cogumelos, similar ao Myx, este tecido é fabricado através da combinação de resíduos resultantes da produção comercial de cogumelos com linho ou cânhamo. Para além de poupar o sofrimento animal poupa também os infindáveis litros de água incluídos no processo de curtir couro animal como também evita as emissões de metano tão prejudiciais à atmosfera por contribuírem para o efeito de estufa, devido ao facto de ser “curtido” naturalmente, sem a utilização de químicos, produzido sustentavelmente.

Se as vantagens ambientais não são o suficiente para o convencer, este couro é transpirável, flexível, à prova de água e também adequando ao contacto direto com a pele humana capaz de impedir a proliferação de bactéria e micróbios.

Também os abacaxis, mais propriamente as suas folhas, já são usados para o fabrico de um tecido semelhante, inspirado numa peça de vestuário de cerimónia masculina que contém as ditas folhas no seu processo de fabricação, envergada frequentemente em casamentos e eventos formais nas Filipinas: o Barong Tagalog. O Piñatex, assim denominada a inovação foi desenvolvida pela designer espanhola Carmen Hijosa.

A proliferação de ideias como estas é o primeiro passo em direção a um mundo mais sustentável. O planeta agradece, a nossa consciência torna-se mais leve, e a nossa pegada ecológica também.

Sofia Castanho